Do meu ar
Arrancado aos poucos
Despi-me.
Aos olhos de criança
Queimamos nossos corpos.
O sangue ferve.
O gosto azedo
Da vida que insiste em existir
Torna-nos pobres coitados.
Todos os olhares ao redor
Tornam-se nada
E tudo desaparece.
As nossas vidas são jogadas
Longe de onde podemos ver,
Nos perdemos
Os passos são arrastados,
Nossos ombros já não aguentam mais,
E tudo vira nada.