Estou viva!
Talvez não em memórias,
talvez não em vidas,
talvez não em mim!
Estou presa!
Nos dias,
na nostalgia,
na monotonia.
O dom de ser,
já não é.
Mas agora,
tudo se foi.
Oh, grande ser decrépito.
Por que trazes a morte,
como sua amiga de infância,
trazendo sua doce capa preta?
Não há nada em vida,
imagina se há em morte.
Só muda de paredes brancas,
para uma escuridão enorme.
domingo, 27 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Silêncio.
É o que escuto,
em dias e noites,
no escuro e no claro.
Até quando pássaros cantam,
até quando as pessoas falam.
Eu -será mesmo eu?
Não sei a quem pertenceu,
os cantos afáveis.
Não era alma,
não era dor.
Sem aconchego ou amor.
É tudo sombrio agora,
o lado escuro -e silencioso,
do mundo nos dominou.
Assim se esmagou,
secos lábios fúnebres,
em apenas terra e mar,
não há fala,
não há voz.
Oh morte que não chegas!
Deixaste teu filho com nós,
amargurando-nos com a sombra que regas,
em forma de nuvem escura,
com cheiro de tempestade que chega impura.
Silêncio.
Alimente-nos com seu sabor amargo.
Silêncio.
Dê-nos seu gosto de morte.
Silêncio.
Nicole Elis
em dias e noites,
no escuro e no claro.
Até quando pássaros cantam,
até quando as pessoas falam.
Eu -será mesmo eu?
Não sei a quem pertenceu,
os cantos afáveis.
Não era alma,
não era dor.
Sem aconchego ou amor.
É tudo sombrio agora,
o lado escuro -e silencioso,
do mundo nos dominou.
Assim se esmagou,
secos lábios fúnebres,
em apenas terra e mar,
não há fala,
não há voz.
Oh morte que não chegas!
Deixaste teu filho com nós,
amargurando-nos com a sombra que regas,
em forma de nuvem escura,
com cheiro de tempestade que chega impura.
Silêncio.
Alimente-nos com seu sabor amargo.
Silêncio.
Dê-nos seu gosto de morte.
Silêncio.
Nicole Elis
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