quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Minha voz já rouca de tanto gritar coisas que você não vai ouvir, acaba com a chuva. Essa chuva foi a que levou tudo, minha alegria, meus sorrisos e todos aqueles que antes me davam a mão e diziam “Estou ao seu lado”. A chuva parou, minha voz sumiu, como vou gritar por socorro? Raiva, ódio, tristeza, arrependimento, angustia, tudo junto em um coração em pedaços pronto pra explodir mais uma vez. Já não fico surpresa com isso, é normal, passa, vai passar, se não passar vai piorar, mas preciso manter a calma. Logo vem a dor, aquela dor que aperta seu coração e você não pode fazer nada além de chorar, eu sei, chorar não adianta nada, só que acalma, e eu preciso me acalmar. Me arrasto procurando alguém, tento gritar mas lembro que tenho que me acalmar, é uma confusão, sentimentos perdidos, palavras jogadas ao vento, amores que viraram algo que não tem nome, saudades de algo que não volta e que talvez nunca existiu, tristeza. Peço desculpas para minha vida, como fui fazer ela ficar assim? Perdão. Quero voltar no tempo, voltar a ser criança e não precisar me preocupar com tais coisas, onde o amor era o que eu sentia por meus brinquedos, quero aquele tempo, onde deserto era um lugar e não meu coração, onde a chuva poderia transmitir alegria mas hoje simboliza as lágrimas que tanto derramei. Tão nova, tanta coisas para dizer, mas sem voz, sem perdão, sem ninguém. Só quero alguém, só quer o sol, a luz, o brilho do dia. Cansei, quero fugir mas estou sem energia para correr. Parada, no som do silêncio enfim adormeço.

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