sábado, 28 de abril de 2012

Decesso

Vou lento,
vou triste,
com o peso imenso,
de uma solidão intensa.

Dias escuros,
de olhos tão tristes.
Meses tão curtos,
de semanas tão cinzas.

Somos feitos de ferro,
ou algodão?
Nossos pensamentos,
suportáveis ou não?

Somos filhos de mãos tristes,
somos mães de musicas melódicas.
Sou sorriso de gente fraca,
sou nevasca do Brasil.

Janelas são vazias,
Ruas esburacadas,
mundo cretino, 
tempo sonolento.

Estamos todos
em nossas salas de espera,
ansiosos e inquietos,
esperando a neve no verão.






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