Boba ao escuro de um dia chuvoso e sem luz ela escreve versos tolos, de alguém dolente. Tola, achava que iria fazer como água no açúcar, derreter tudo e todos com as suas palavras pobres sem rimas. Tentando cobrir-se com uma mascara de palavras congestionadas em um pequeno pedaço de papel cor-de-uva, com letras mal desenhadas. Seu sorriso deitou-se em sua leve cama revirada, lá descansou deixando-a com medo do escuro penetrante de noite chuvosa e fria sem luz alguma. Queria fugir deste escuro coberto por monstros infantis. Os barulhos a irritam, é a chuva do escuro, o barulho das palavras brincando de ciranda. Mas o barulho deveria ser dela, assim seria um barulho molhado, tentando derreter os açucares de quem ama.
Nicole Elis
Gostei demais desse encontro entre as palavras.
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