segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dezembro.

 Via-o pequeno, indefeso, criança qualquer. Jogado, atirado, naquele mês em que todos pareciam unirsce. Mas só desencontrava. Cansava de ver por baixo, queria as nuvens, queria enxergar do céu.
 Era dezembro, como qualquer outro mês, era normal, indiferente. Dia primeiro suas primeiras palavras foram sussurradas com o nome do novo mês. Primeiro ato foi abrir os olhos para ver o sol, não sorriu. Suspirou. Era o vento, odiava ventos de domingos. Odiava domingo, odiava a divisão dos meses. Tinha sempre aquela sensação de ter que recomeçar. Queria a overdose que durasse o ano inteiro, assim não teria que recomessá-la, odiava amar novamente à cada mês. Na verdade, odiava recomeçar, o primeiro dia do mês sempre é tortura. Ver o dia 1 depois do 30, deveriam ser infinitos, como lembranças, como amores.

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