E
agora me vem em mente: algo novo começou. É agora que o ser cai, e olha que é o
chão que está por baixo de seus pés. Não é mais criança, não é mais o que era.
É algo novo que começou, uma nova respiração. Uma nova ideologia. Não nasceu,
renasceu.
É como se fosse uma espécie
que evoluiu, a emoção agora murchou como as antigas flores vivas. Todas as
escolhas serão feitas por razão. O único pequeno pingo de emoção, será
libertado por uma lágrima do escuro, onde nada e nem ninguém verá.
É como se os olhos fossem
abertos e toda a cor do céu desaparecesse, virou cinza, dia cinzento. Não
triste. Apenas não usa as mesmas táticas que antes, e isso não o faz um ser
triste. Cogitamos e repensamos, todas as decisões passadas feitas por emoção de
um poeta qualquer, estavam erradas.
Pois então, a chuva seria
muito melhor que o sol que dói os olhos quando acorda. A chuva lava, faz
renascer, faz pensar, faz-se lavar.
É como um dia que nasceu, um
ano que surgiu, e um mês que reapareceu. É coisa nova. Tudo que é novo é
bom, até que não seja mais tão novo, e então vira o
antes: suportável.
Quero novo, o novo que não se
desgaste que seja mais que suportável. Quero o novo que seja novo todas as
vezes que eu respirar fundo e me perguntar o que há por baixo de meus pés. O
ciclo que não acaba já virou algo que pesa em meus ombros. Isso de nascer e
renascer, do ótimo virar suportável, já é o terror. É horrível abrir os olhos
cada dia com algo novo, algo que renasce, que nasce. Não digo que quero algo
igual para sempre, não, não. Quero algo que mude, mas não tão radicalmente. Não
quero anos, nem dias, nem meses e nem sentimentos novos e tolos. Quero ser o
eu, sem renascer. Achar um ponto chave entre eu e eu, que não cause tanto alvoroço
em mim.
E agora me vem em mente: algo
novo recomeçou.
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